Infelizmente, a pandemia causada pelo coronavírus se tornou uma dura realidade mundial, obviamente trazendo danos não só na esfera sanitária, quanto na economia, de forma ainda não bem definida, com os governos lançando mão de todos os recursos para reduzir os danos, mas certamente em escala que marcará para sempre a história.
Claro que a prioridade é colaborar com as medidas determinadas pelas autoridades, como reduzir ou mesmo eliminar as atividades presenciais, por exemplo. Entretanto, os reflexos econômicos e financeiros devem ser objeto de análise e reflexão.
Em um primeiro momento, pode-se sugerir que esse trabalho deve envolver o conhecimento de nossa estrutura de custos, para compará-la com nossas receitas, de maneira a demonstrar a rentabilidade do negócio.
De posse dos números, chegaremos a um estágio em que teremos que ponderar até mesmo se o trabalho e capital investidos estão sendo adequadamente remunerados. Qual o retorno das operações? Há perspectivas de crescimento? Vale a pena investir mais? Ou talvez seja melhor abrir mão daquela sede ampla, com espaço de sobra para o número de alunos que temos hoje, e passar a funcionar em um imóvel menor, porém menos custoso, e quem sabe, em um local mais privilegiado?
São inúmeras as possibilidades para escolhermos, quando temos dados sólidos o suficiente.
Ainda com base na estrutura de custos, é importante analisar a relação com cada fornecedor, para verificar as possibilidades de obter melhores ofertas nas aquisições de insumos, e buscar alongar os prazos de pagamento. Como se costuma dizer, “o dinheiro vai sumir do mercado”.
Prosseguindo para um segundo panorama, verificamos que a cada momento novas medidas são anunciadas pelos governos, sejam eles em nível federal, estadual ou municipal. Ampliação de linhas de crédito, maiores prazos de pagamento, flexibilização de relações trabalhistas, tudo isso deve ser mapeado e revisado constantemente pelo gestor escolar, para que não perca oportunidades de reduzir os impactos da crise em sua instituição.
Por fim, muitas das vezes os obstáculos que enfrentamos nos trazem lições de vida ou nos mostram onde podemos nos aprimorar. Isso é verdade também para as organizações. Por exemplo: será que sua escola dá a importância necessária ao ensino à distância? Ao relacionamento com os clientes via redes sociais e aplicativos? Será que o trabalho remoto é um recurso que já não poderia estar sendo implementado, para aumentar a eficiência, a satisfação dos colaboradores e, além do mais, reduzir custos?
Talvez estejamos atrasados nisso; às vezes sabemos que há soluções à nossa disposição, mas podem parecer dispendiosas demais, idealistas demais, sofisticadas demais – até o momento em que um minúsculo vírus se intromete em nossa rotina e nos obriga a virá-la de pernas para o ar, à força.
Vamos juntos, fazendo nossa parte, interrompendo a cadeia de transmissão, aguardando a cura, e saindo fortalecidos e mais sábios – como pessoas e como organizações.
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